segunda-feira, 25 de outubro de 2010

COM A PALAVRA UM CATÓLICO, DOS 56% QUE, COMO ESSE RELES BLOGUEIRO, APOIAM DILMA

Carlos Rodriguez: Quem semeia vento, colhe tempestade

por Carlos Rodriguez*
A cada dia que passa, o cinismo do candidato tucano à presidência da República, José Serra, se supera. Totalmente obscena a sua declaração (feita após a patética encenação da bolinha de papel) de que o presidente Lula é o responsável pela violência na campanha eleitoral.
Este senhor se vale de velhos artifícios da direita. Primeiro, radicaliza em boatos, intrigas e desqualificações dos adversários, criando um clima pesado na campanha. Depois, despolitiza-a. Assim, não se discute a situação econômica  ou qualquer aspecto da vida do cidadão brasileiro. Ao contrário, envereda para temas que dizem respeito à vida íntima de cada um, como o aborto e a orientação sexual. A pauta passa a ser a baixaria e não o futuro do Brasil, a diminuição da miséria ou a melhoria da educação, da saúde e do desenvolvimento da sociedade brasileira. A oposição à Lula age assim, porque não tem projeto para o país e somente se vale do ódio e do rancor.
Aliás, o cinismo impera entre os demotucanos. No jornal Estado de S. Paulo de 24 de outubro, D. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, diz que “o PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte,  por causa do aborto. Engraçado, sobre o aborto feito por Dona Mônica Serra, mulher de José Serra, segundo relato de suas ex-alunas publicada no jornal Folha de São Paulo em 16 de outubro,o bispo de Guarulhos não abre o bico.
Curiosamente, o bispo D. Luiz é de São João da Boa Vista, onde atuava com o Sidney Beraldo, ex-deputado e ex-secretario de Gestão do então governador Serra, e mias recentemente um dos coordenadores da campanha a governador de Geraldo Alckmin, que tem fortes ligações com a Opus Dei, que age nas sombras. A omissão do bispo sobre o aborto de Monica Serra revela que essa questão é apenas um mote usado por esse grupo religioso para ir contra o PT.
Para completar o quadro dantesco, assistimos ao fundamentalismo religioso matar a religião e transformá-la em mero  instrumento eleitoral. Esta mistura acintosa de religião, num viés fundamentalista, e política é um perigo à sociedade brasileira, pois ameaça os pilares do Estado Laico.
O ódio contra o PT vem sendo trabalhado há pelo menos um ano. Todos devem se lembrar dos primeiros e-mails com a acusação ridícula de que Dilma seria terrorista. Por sinal, o termo terrorista, cunhado pelos militares durante a ditadura, é uma forma de adotar a ditadura militar. Aqui, vale lembrar que ao povo é dado o direito de resistir quando um governo se estabelece pela força das armas. Até na idade média, como é relatado na lenda  Robin Hood , já se sabia disso.
"Homens e mulheres que foram torturados barbaramente e
 deram a sua vida pela democracia devem ser tratados como heróis." 
Homens e mulheres que foram torturados barbaramente e deram a sua vida pela democracia devem ser tratados como heróis. O termo terrorista significa aceitar que a tortura e barbárie sejam admissíveis como recursos para organizar uma sociedade. Claramente, para um republicano e democrata este argumento precisa ser rejeitado. Então perguntamos, por que os tucanos se valem de argumentos antidemocráticos para difamar uma heroína brasileira? Por que uma campanha baseada no ódio?
Há outros exemplos, como a campanha conservadora com uso da internet para difamar e caluniar e atacar a vida pessoal de Dilma Rousseff.
Lentamente a campanha de Serra pregou o ódio, inclusive de classe, e se valeu dele eleitoralmente para chegar ao segundo turno. Agora hipocritamente diz que o presidente da República faz uma campanha que estimula a violência, querendo se passar como vítima. Ora, Serra, quem semeia vento, só pode colher tempestade.
Se o candidato José Serra, em vez de despolitizar a campanha, discutisse projetos para o Brasil (o que ele infelizmente não possui), talvez os acontecimentos fossem outros.
Por fim, deixo para vocês este poema de Brecht, que mostra que a  violência não é o que os poderosos querem que seja visto como violento, mas as estruturas sociais ou situações plantadas com o apoio da mídia e da direita conservadora que resultam neste quadro conflituoso.
Pergunto, ainda, manipular informação e tentar reverter votos de forma abjeta não é uma violência?
PS: Curiosamente, a crítica contumaz da Globo sobre o episódio da violência da bolinha de papel , através do Jornal Nacional, ocorreu justamente no dia em que o Cade, órgão do governo federal, decidiu acabar com o monopólio da emissora  na transmissão do Campeonato Brasileiro.
Sobre a Violência, Bertolt Brecht
A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contém
Ninguém chama de violento.
A tempestade que faz dobrar as bétulas
É tida como violenta
E a tempestade que faz dobrar
Os dorsos dos operários na rua
* Carlos Rodriguez , participante da Igreja Católica.

DÁ-LHE MULHER, COM O ESPÍRITO SANTO NA CABEÇA, PARA O BEM DO NOSSO BRASIL!!

Dilma Presidente !!
Porque nós não merecemos Serra, Paulo Preto, Daniel Dantas, TFP, Opus Dei, Movimento Neo-nazista, etc,etc,etc.

PAULO PRETO:O PROTEGIDO

Paulo Preto: Você compraria um carro usado desse homem?
O CONLUIO, QUE SE ESTABELECEU HÁ 20 ANOS, ENTRE OS TUCANOS DE SÃO PAULO E A GRANDE MÍDIA É, SEM DÚVIDA, O ELEMENTO ESTRATÉGICO QUE GARANTIU OS 08 ANOS DE FHC E A DINASTIA TUCANA EM SÃO PAULO. PARA SE CONSTATAR ISSO, BASTA APRECIARMOS O NÚMERO DE CPIs ARQUIVADAS NOS GOVERNOS TUCANOS E O CHEIRO DE PODRE QUE EXALA QUANDO UMA REPORTAGEM SOBRE OS PORÕES DA ADMINISTRAÇÃO TUCANA CONSEGUE SAIR DAS SOMBRAS E ALCANÇAR O PÚBLICO.É O CASO DESTA MATÉRIA DA REVISTA ISTO É DESSE SÁBADO (23/10). VAMOS A ELA:


Delegada que prendeu engenheiro por receptação de joia roubada sofreu pressões do alto escalão do governo paulista para liberar o arrecadador tucano

Sérgio Pardellas e Claudio Dantas Sequeira
Nos últimos dias, integrantes do PSDB voltaram a fazer contorcionismos verbais na tentativa de reduzir a importância do engenheiro e ex-diretor do Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, personagem revelado em agosto por ISTOÉ que tem trazido constrangimento para a campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra. Até agora, era sabido que Paulo Preto, além de ex-diretor da estatal responsável pelas principais obras viárias de São Paulo, virou alvo de acusações de líderes do PSDB porque teria dado sumiço em R$ 4 milhões arrecadados de forma desconhecida para a campanha tucana. Sentindo-se abandonado, depois que o candidato do PSDB ao Planalto negou conhecê-lo, Paulo Preto fez ameaças públicas e passou a ser defendido por Serra. Todo esse enredo já seria suficiente para mostrar a influência do engenheiro, cuja força a campanha do PSDB insiste em tentar diminuir. Mas os bastidores da prisão de Paulo Preto, há quatro meses, por receptação de joia roubada, são ainda mais reveladores do peso do ex-diretor do Dersa nas hostes tucanas.
IRREGULAR
TCE condena Paulo Preto e o diretor-presidente do Dersa
por contrato sem licitação em obra do rodoanel
O engenheiro foi preso em flagrante no dia 12 de junho, na loja de artigos de luxo Gucci, dentro do Shopping Iguatemi, no momento em que negociava ilegalmente um bracelete de brilhantes avaliado em R$ 20 mil. Detido pela polícia, Paulo Preto foi encaminhado ao 15° DP, localizado no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo. Por coincidência, estava na delegacia naquele momento, registrando uma ocorrência, o deputado Celso Russomano (PP-SP). Ali ele presenciou uma cena pouco usual. A delegada titular do distrito, Nilze Baptista Scapulattielo, conforme Russomano contou a ISTOÉ, foi pressionada por autoridades da Polícia Civil e do governo de São Paulo para livrar o engenheiro da prisão. “Ela recebeu ligação do Aloysio (Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil), do delegado-geral, do delegado do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), isso tudo na minha frente, para aliviar o Paulo Preto. A pressão era para não prendê-lo em flagrante delito”, disse Russomano.

Ou seja, dois meses depois de ter sido demitido da Dersa, o ex-diretor ainda era tratado com privilégios por membros da cúpula do governo paulista. Para defendê-lo, foram capazes até de agir ao arrepio da lei, que deveria valer de maneira igualitária para todos. Mas as pressões não foram suficientes para tirar do prumo a delegada, que cumpriu suas obrigações profissionais. Nilze Baptista é conhecida no meio policial pela competência e pulso forte. Além de prender Paulo Preto, enquadrou o engenheiro como receptador de joia roubada. No boletim de ocorrência, Nilze Baptista disse que, durante a detenção, foram encontrados R$ 2.742 na calça e R$ 8.500 no bolso da jaqueta bege de Paulo Vieira de Souza. Escapou-lhe, porém, um pequeno detalhe que joga um ingrediente ainda mais peculiar no episódio. “Quando Paulo Preto foi flagrado pela polícia, também havia dinheiro nas meias”, revela Russomano. Durante a ação policial, os agentes ainda apreenderam com Paulo Preto um veículo esportivo de luxo BMW Z4 2009/2010, avaliado em R$ 250 mil. Horas depois, o veículo foi liberado. Já o engenheiro passou dois dias no xadrez.
DINHEIRO
Policiais encontram mais de R$ 11 mil
nas roupas do engenheiro
Em breve, Paulo Preto também poderá ter de se explicar por suas estripulias na esfera administrativa. Ao rejeitar as acusações sobre a suposta atividade de arrecadador informal do PSDB, o engenheiro estufa o peito para falar de suas qualidades de administrador probo e eficiente. Mas diversas ações abertas pelo Ministério Público de São Paulo desde 2008, para investigar problemas em contratos do Dersa, sugerem um quadro bem diferente do que pinta o ex-diretor. Há, por exemplo, sete investigações em curso sobre irregularidades e superfaturamento no pagamento das indenizações de desapropriação de imóveis para obras, como o trecho sul do rodoanel. Os promotores também apuram eventual prejuízo ao erário na execução do contrato firmado com o consórcio responsável pela mesma obra, tanto na “metodologia empregada para a construção de pontes” como no “emprego de material diverso do ajustado”. O trecho sul do rodoanel custou aos cofres públicos R$ 5 bilhões.
Muitas dessas apurações partiram de processos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), que no início de setembro condenou um contrato de R$ 1,4 milhão, firmado sem licitação pelo Dersa com o chamado Instituto Internacional de Ecologia e Gerenciamento Ambiental (IIEGA). O termo de parceria foi assinado em junho de 2007 por Paulo Vieira de Souza, então responsável pela engenharia, e o diretor-presidente do Dersa, Thomaz de Aquino Nogueira – que foi multado em R$ 16 mil. Para os conselheiros do TCE-SP, o Dersa não conseguiu justificar a escolha da contratada “em detrimento de outras instituições ou empresas habilitadas a prestar os serviços” e a “ausência de elementos utilizados para a avaliação da economicidade”. Curiosamente, o instituto de ecologia foi criado pelo cientista José Galizia Tundisi, que presidiu o CNPq durante o primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na gestão de Tundisi, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou várias irregularidades e chegou a multá-lo por conta do aumento ilegal de 160% no valor de um contrato milionário firmado com a IBM.
O conluio está sempre a produzir episódios vergonhosos,
e essa campanha  foi recheada deles

  Apesar das evidências envolvendo Paulo Preto, o PSDB e José Serra continuam a tratar o tema como um assunto de pouca importância. Embora tenha nomeado uma das filhas do ex-diretor do Dersa, Tatiana Arana Souza Cremonini, para cargo de confiança, no mês em que assumiu o governo de São Paulo, Serra disse que não teve responsabilidade pela contratação quando foi questionado sobre o indício de “nepotismo” em entrevista ao “Jornal Nacional” na terça-feira 19. Tatiana trabalha no cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, com salário de R$ 4.595 e, segundo fontes ouvidas por ISTOÉ, era vista com frequência ao lado do então governador. Hoje, Tatiana está de férias. “Essa menina foi contratada – eu não a conhecia, não foi diretamente por mim – para trabalhar no cerimonial que faz recepções, que cuida de solenidades e tudo mais. Sempre trabalhou corretamente. Inclusive eu só vim a saber que era filha de um diretor de uma empresa muito tempo depois”, afirmou o tucano. Durante sua gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, Serra contratou a mesma filha de Paulo Preto para um cargo de confiança na SPTuris.
As últimas revelações levaram os líderes do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo a pedir a abertura de uma CPI para apurar o caso. Em Brasília, os petistas, com o apoio de parlamentares do PDT, agiram em outra frente. Na terça-feira 19, protocolaram na Procuradoria-Geral da República representações pedindo a investigação de denúncias. A representação do PT é assinada pelos deputados Cândido Vaccarezza (SP), líder do governo na Câmara, e por Fernando Ferro (PE), líder do PT. “Ele (Paulo Preto) é réu confesso. Depois das informações sobre o sumiço do dinheiro arrecadado para a campanha, ele deu entrevista dizendo que ninguém deu mais condições de as empresas apoiarem a campanha. Além disso, há sinais claros de enriquecimento ilícito, por isso pedimos a investigação dos fatos e das confissões feitas por Paulo Vieira. É dinheiro público, há evidência de corrupção”, afirmou Vaccarezza.
“Ele tinha dinheiro na meia”
“Ela recebeu ligação do Aloysio, do delegado-geral e do delegado do Decap”

ISTOÉ – O sr. testemunhou a prisão do Paulo Preto?
Celso Russomano – Foi uma coincidência. Eu tinha ido ao 15° Distrito para resolver um outro problema envolvendo um segurança particular de um condomínio, que estava determinando quem podia e não podia estacionar em um espaço público. Quando eu cheguei à delegacia, a delegada titular do distrito me contou o que estava acontecendo. Ela me disse que o Paulo Preto estava lá e vi que ela estava sofrendo uma pressão grande.

ISTOÉ – Pressão de quem?
Russomano – Ela recebeu ligação do Aloysio (Nunes Ferreira), recebeu ligação do delegado-geral, do delegado do Decap, isso tudo na minha frente, para aliviar o Paulo Preto. A pressão era para não prendê-lo em flagrante delito. E aí eu até a aconselhei, dizendo para ela agir da forma correta. Disse até que ela não poderia prevaricar, senão seria crime. Ainda perguntei para ela: “Como a senhora vai explicar para o segurança e o gerente da loja que estão aqui?”

ISTOÉ – E o que ela disse?
Russomano – Ela disse, na frente do batalhão de advogados que estava lá, que realmente não poderia fazer nada errado e que se o Paulo Preto tinha sido encontrado com joia roubada ele era mesmo receptador. Ela então me relatou que quando o Paulo Preto foi preso e conduzido para o distrito havia sido encontrado dinheiro nas meias, na calça e na jaqueta. Ou seja, em todo lugar da roupa dele tinha dinheiro.

ISTOÉ – O que aconteceu depois?
Russomano – Depois dessa história várias pessoas me procuraram dizendo “É, você estava na delegacia, tal, esse cara é um cara que você precisava conhecer...” Respondi que não precisava conhecer, não. Conhecer por quê? Aí me disseram que hoje ele tem muita força.